Praticamente todos os componentes da pipoca de micro-ondas fazem mal à saúde. A pipoca de micro-ondas contém grãos de milho geneticamente modificados, sal processado, gordura vegetal hidrogenada (gordura trans) e produtos químicos utilizados conservar e dar o sabor – uma combinação que a torna um dos alimentos mais prejudicais ao organismo. Estudos mostram que alguns produtos químicos presentes na embalagem se vaporizam e migram para a pipoca. Estes tóxicos vão se acumulando no corpo e podem ficar no organismo durante muitos anos.
As embalagens das pipocas de micro-ondas são especiais para impedir a absorção de água e gordura. Para que isso seja possível, elas contêm ácido perfluoro-octanoico, também conhecido como C8, que é prejudicial à saúde, denominados como agentes perfluorados, que são considerados poluentes orgânicos persistentes (POPs) e podem ficar no ambiente por muito tempo até serem degradados. Os agentes perfluorados são fatores de risco para o surgimento de câncer de próstata, problemas no coração, fígado, tireoide e no sistema imunológico, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, má formação do feto e alterações hormonais.
Um estudo feito pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, indica que o aromatizante que dá o sabor artificial de manteiga à pipoca de micro-ondas pode aumentar o risco de doenças degenerativas. O aromatizante mais comum que é adicionado à pipoca de micro-ondas é conhecido como Diacetil, na sua forma sintética. Essa substância confere o “sabor queijo”, “sabor manteiga”, “sabor cheddar” à pipoca de micro-ondas. A inalação frequente de Diacetil está relacionada ao desencadeamento de doenças respiratórias como bronquite e asma, além de existirem estudos que associam o consumo de produtos com Diacetil ao desenvolvimento da doença degenerativa Alzheimer.
Outros problemas relacionados ao consumo de pipoca de micro-ondas industrializada envolvem o excesso de sódio e de gordura trans (óleos vegetais) nesses produtos. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), marcas de pipoca de micro-ondas testadas apresentaram níveis de sódio e de gordura trans superiores aos permitidos pela Anvisa (Agência na Nacional de Vigilância Sanitária) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Nada melhor que fazer uma pipoca na panela, sem abusar na quantidade de óleo e sal e dar preferência ao milho orgânico, devido a transgenia da maioria dos milhos atualmente. Entre outros benefícios observados, a pipoca promove melhor funcionamento intestinal, já que uma única porção tem cinco vezes mais fibras, se comparada com a mesma quantidade, em gramas, de alface, por exemplo. Mas o efeito digestivo só acontece se o consumo for acompanhado de algum líquido, de preferência água ou suco, evitando os refrigerantes.